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CAIS DO BICO RECEBE ESTE DOMINGO O BOTA-ABAIXO DO BARCO MOLICEIRO “O PRESIDENTE”
área de conteúdos (não partilhada)O Cais do Bico, na Murtosa, vai receber, no próximo domingo, dia 31 de março, pelas 14H00, o “bota-abaixo” de um novo barco moliceiro.
O Cais do Bico, na Murtosa, vai receber, no próximo domingo, dia 31 de março, pelas 14H00, o “bota-abaixo” de um novo barco moliceiro.
“O Presidente” - assim se chama a embarcação construída com todas as características de um moliceiro tradicional, no estaleiro do Mestre António Esteves, em Pardilhó, no vizinho concelho de Estarreja - é propriedade da empresa de animação turística Murtoseira Terra d'água”, de Ricardo Cardoso e Verónica Fonseca, e destina-se à atividade marítimo-turística em ria aberta.
As pinturas do barco e dos respetivos painéis estiveram a cargo do Mestre Jose Oliveira artista plástico Murtoseiro, autor da quase totalidade dos painéis dos moliceiros existentes na Ria de Aveiro.
“O Presidente será o será o mais jovem barco moliceiro tradicional a “ir abaixo” na Murtosa, depois de “Marco Silva”, de Marco Silva, em 2015, de “Um Sonho”, de José Rebelo, em 2016, e de “Ferreira Nunes”, de António Nunes, em 2018.
O “bota-abaixo” deste novo barco moliceiro possuiu um enorme simbolismo, pois representa mais um forte impulso de esperança na preservação daquele que é o verdadeiro ex-libris da Ria de Aveiro e, provavelmente, a mais bela embarcação do mundo, que tem na Murtosa a sua pátria.
O desaparecimento da atividade para a qual foram concebidos – a apanha do moliço – ditou a quase extinção dos barcos moliceiros. Hoje, uma grande parte dos moliceiros ainda existentes, estão consignados à actividade turística nos canais da cidade de Aveiro, já sem algumas das suas características originais.
Na Murtosa, resistem, teimosamente, um conjunto de homens que mantêm as suas embarcações sem mácula, seja para atividade marítimo-turística, ou, apenas, pela satisfação de as possuírem. “O Presidente” virá agora guarnecer este contingente.
Foto: Verónica Fonseca, Mestre António Esteves, Mestre Alfredo Rebelo e Ricardo Cardoso