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Jogo ClairCity simula decisões de gestão ambiental
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Projeto com parceria da UA pretende sensibilizar cidadãos melhorar qualidade do ar.
Reduzir o imposto sobre combustíveis fósseis? Construir mais parques verdes? Medidas mais apertadas de eficiência energética nas habitações? Estes são apenas exemplos do tipo de questões à consideração dos participantes no jogo “ClairCity Skylines”, no âmbito do projeto europeu “ClairCity – O Papel dos Cidadãos na Redução da Poluição Atmosférica nas Cidades”, em que participa a Universidade de Aveiro (UA). É um jogo com objetivos reais, em versão mobile disponível no Google Play e na App Store, que inclui Aveiro, entre as cidades onde se exercita a gestão ambiental.
Apesar de um jogo, os dados que resultam da interação dos participantes no “ClairCity Skylines”, até março, serão usados pelos investigadores no sentido de identificar cenários que possam fundamentar a gestão autárquica na realidade, refere Myriam Lopes, coordenadora científica do projeto na UA e professora do Departamento de Ambiente e Ordenamento da UA. Após o mês de março, o jogo continuará disponível continuando apenas como jogo. Desde o início do ano que a região de Aveiro aparece entre os locais que podem ser escolhidos para jogar.
O jogo foi desenvolvido no âmbito do projeto europeu de investigação ClairCity – “O Papel dos Cidadãos na Redução da Poluição Atmosférica nas Cidades”. Este projeto tem como objetivo sensibilizar os cidadãos em relação à poluição atmosférica e às emissões de carbono nas cidades, observando como todos contribuem para o problema e de que forma afeta a saúde dos cidadãos e as suas vidas. De forma inovadora, o projeto coloca nas mãos das pessoas o poder de determinarem as melhores soluções a nível local.
A UA e a Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) que reúne os municípios de Águeda, Albergaria-a-Velha, Anadia, Aveiro, Estarreja, Ílhavo, Murtosa, Oliveira do Bairro, Ovar, Sever do Vouga e Vagos, são parceiros deste projeto. Trata-se, no total, de uma parceria que envolve 16 instituições, nomeadamente, seis entidades autárquicas (a CIRA é uma delas) em seis países diferentes, três universidades, uma agência governamental e entidades multinacionais não governamentais. O projeto ClairCity tem duração de quatro anos, com conclusão prevista para 2020.
Ponte virtuosa:
O projeto assenta na participação dos cidadãos, quer via inquérito que fundamentou o atual desenrolar dos trabalhos, quer na fase atual em que se pretende envolver os cidadãos no jogo ClairCity Skylines”. Neste sentido, é fundamental o contributo dos municípios enquadrado no trabalho em rede regional, próprio da CIRA, ampliado para uma dimensão internacional através de projetos como este, salienta José Eduardo Matos, secretário executivo da CIRA. Tanto mais que é a sensibilização para as questões de poluição ambiental e decisões informadas na gestão ambiental que se pretende. É uma “ponte virtuosa” que a CIRA e os municípios fazem entre as universidades, de um lado, e os cidadãos, do outro, considera José Eduardo Matos.
O secretário executivo lembra a adesão ao projeto decidida no Conselho Intermunicipal da CIRA e o envolvimento do Grupo de Trabalho da Sustentabilidade que funciona no seio desta comunidade intermunicipal e destaca mesmo a questão ambiental e a adaptação às alterações climáticas que classifica como “desígnio” traduzido, também, em “passos que os municípios têm vindo a dar”.
Competição para as escolas:
Em breve, anuncia Myriam Lopes, será lançada um concurso dirigido a alunos dos 13 aos 16 anos, 3º ciclo do ensino básico, que pressupõe o preenchimento de um questionário online, sobre práticas, consumos e impactes na cidade, em casa e na escola.
Após avaliação dos questionários preenchidos, serão escolhidos os premiados.
Mais informações:
Myriam Lopes, professora do Departamento de Ambiente e Ordenamento da UA e investigadora do CESAM