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28 de janeiro :: Inauguração de exposição de homenagem a António Feliciano de Castilho
área de conteúdos (não partilhada)A Câmara Municipal de Águeda irá homenagear o literato oitocentista António Feliciano de Castilho com uma exposição a partir do espólio gentilmente cedido do Comendador Silva Henriques e que irá ser inaugurada no dia 28 de janeiro, terça-feira, às 18:00, na sala polivalente da Biblioteca Municipal Manuel Alegre, em Águeda.
No mesmo local, no dia 1 de fevereiro, sábado, às 15:30, irá realizar-se a palestra intitulada "Águeda nas palavras de A. Feliciano de Castilho" com Deniz Ramos, Manuel Farias e Eleutério Santos, a partir dos escritos do autor.
A exposição decorrerá até ao dia 28 de fevereiro de 2014 aberta à visita do público interessado durante o horário de funcionamento da Biblioteca Municipal (segunda-feira: das 13:00 às 19:00; terça a sexta-feira: das 10:00 às 19:00; sábado: das 10:00 às 12:30.
As visitas pelas escolas e IPSS estão sujeitas a marcação prévia através do endereço biblioteca@cm-agueda.pt ou pelo 234 624 688.
Sobre António Feliciano de Castilho
Nasceu em Lisboa no dia 28 de janeiro de 1800. Filho do médico da Real Câmara e lente de prima da Universidade de Coimbra José Feliciano de Castilho (natural de Aguim, Anadia) e de Domitília Máxima da Silva. O ambiente familiar em que nasceu era tradicionalmente devoto e monárquico.
Com 6 anos inicia a instrução primária na «escola de meninos» de mestre Eusébio, mas nesse mesmo ano é vítima de violento contágio de sarampo, ficando irreparavelmente cego. Não obstante, seguiu estudos regulares, graças ao auxílio de seu irmão Augusto Frederico. Em 1817 matriculou-se na Universidade de Coimbra, onde se licenciou em Cânones.
Ainda em 1826, fixou-se com o irmão Augusto, que havia seguido sacerdócio, em Castanheira do Vouga. Foram 8 anos durante os quais Portugal viveu tempos difíceis, com as perseguições políticas e a violência generalizada, a que se seguiu a Guerra Civil Portuguesa (1828-1834). Apesar das naturais repercussões locais, Castanheira do Vouga foi para Castilho um local de refúgio,
o que lhe permitiu atravessar aqueles tempos conturbados dedicando-se ao estudo dos clássicos e a produção literária. Foi nessa época que traduziu as Metamorfoses e os Amores de Ovídio, que escreveu muitos dos versos que depois se incorporaram nas Escavações Poéticas e que compôs os poemetos A noite do Castelo e os Ciúmes do Bardo, iniciando-se numa escrita romântica que evoluiria até uma fase de ultra-romantismo. Enquanto residiu nesta localidade escreveu a obra O Presbyterio da Montanha, que dedicou ao seu irmão.
Em 1834, Castilho regressou à capital, e em 1847 fixa-se em Ponta Delgada, na ilha açoriana de São Miguel, em auto-exílio até 1850.
Faleceu em Lisboa no dia 18 de junho de 1875, com a dignidade de Visconde de Castilho concedida em 1870.