Dia Internacional dos Museus e Noite Europeia dos Museus.

Sob o tema “Museus para a Educação e a Investigação”, a Câmara Municipal de Aveiro assinala no próximo dia 18 de maio, sábado, o Dia Internacional dos Museus e Noite Europeia dos Museus, com a realização de várias atividades, para além da entrada livre nos Museus de Aveiro, entre as 10h00 e as 24h00.

Para esta comemoração foi lançada uma Open Call que premiou 10 das 26 candidaturas apresentadas. O concurso teve como objetivo dar vida à criação de vários momentos de programação cultural nos Museus de Aveiro e reforçar o compromisso da Câmara Municipal de Aveiro em apoiar o sector cultural e artístico, no ano em que Aveiro é Capital Portuguesa da Cultura.

Em 2024 o Dia Internacional dos Museus é celebrado no mesmo dia em que se assinala a Noite Europeia dos Museus. Assinalando esta coincidência de datas, os Museus de Aveiro estarão abertos, no dia 18 de maio, das 10h00 às 24h00, celebrando este ano o tema “Museus para a Educação e a Investigação”, realçando a importância dos Museus como instituições educativas dinâmicas, que promovem a aprendizagem, a descoberta e a compreensão cultural.

O programa começa às 11h00, no Ecomuseu Marinha da Troncalhada, haverá o momento de dança “As Estações Que nos Habitam” por Maria João da Escola de Bailado de Aveiro. Trata-se de um desenho de quatro quadros das estações do ano, tentando através da música, dos figurinos e da expressão do movimento, transmitir as emoções que cada estação nos pode transmitir, inclusive nas marinhas. A Escola de Bailado de Aveiro apresenta, deste modo, um momento cultural de dança que se divide em quatro momentos, de acordo com os quatro concertos de Vivaldi - “As Quatro Estações”.

De tarde, às 14h00, terá lugar “Harmonias Barrocas: Um Encontro de Música e Arte”, por Herlânder Sousa, que consiste numa experiência meticulosamente criada para mergulhar os espetadores na atmosfera cativante da era Barroca. No Museu Arte Nova, representativo do “novo barroco”, os visitantes são levados a uma viagem envolvente onde música e arte se entrelaçam em perfeita harmonia.

O edifício da antiga Capitania vai receber, pelas 16h00, “Marés Melódicas: Canto Lírico à Guitarra Clássica”, por D’Improviso. É uma fusão entre a voz lírica da soprano Inês Margaça e a sonoridade envolvente do guitarrista Ricardo Folha, inspirada pela temática do mar, da noite, das estrelas e da lua. Nesta performance íntima e emocionante, obras que originalmente foram escritas para piano e voz, são interpretadas com uma nova roupagem para destacar a profundidade da voz em harmonia com a guitarra.

Às 17h00, o Museu da Cidade recebe “Suite do Sal: Homenagem ao Ecomuseu Marinha da Troncalhada”, por Strings+Bars Duo (Lucas de Campos e Helvio Mendes). “Suíte do Sal” é uma obra musical multimodal que faz homenagem ao Ecomuseu Marinha da Troncalhada. No sentido de revelar uma perspetiva artística das diferentes dimensões do Ecomuseu, Suíte do Sal explora sonoridades, paisagens e agentes do território das salinas através do uso de recursos tecnológicos, exposição audiovisual em diálogo com as sonoridades instrumentais do Strings+Bars Duo (violão de sete cordas e xilofone).

De seguida a proposta recai para “Concerto” através do qual a Orquestra Musical da Sociedade Musical Santa Cecília propõe evidenciar que a Música é um pilar da cultura, que marca a História. E é pela “Galeria” do repertório da Orquestra que se convida a conhecer o Museu de Santa Joana e este grupo que se move por amor à Música, à Cidade e à cultura. Pelos arcos, desta feita, dos vários instrumentos de cordas que compõem a Orquestra, a viagem promete ser mágica e envolvente. Tem início marcado para as 18h00 no Museu de Aveiro / Santa Joana

Às 19h00, no Museu da Cidade contar-se-á com o concerto a solo “The Absence of Closure”, por Henrique Vilão, realizador, performer, videoartista e músico experimental, criado exclusivamente para o contexto da Open Call. Uma aproximação entre práticas e conceitos sonoros associados à música espiritual e religiosa à música contemporânea, bem como entre a ideia de som no cinema e o contexto performativo.

“De cravo ao piano – Fernando Lopes-Graça, antes de depois de abril”, por Pedro Pandeirada terá lugar às 20h00 no Museu de Aveiro/Santa Joana. O pianista Pedro Pandeirada apresenta-se como o meio de transmissão entre o compositor, Fernando Lopes-Graça, e o público no qual se inspirou e para o qual escreveu. Prepara um programa captativo e vivo que se coaduna com o carácter de comemoração da revolução de abril de 1974 e o espírito renovador da arte em exibição nos espaços culturais da cidade.

Voltamos ao Museu Arte Nova, às 21h00, com a realização do recital “Paisagens da Belle Époque”, por Samuel Marques e Vasyl Tsanko. Neste recital, o espetador será convidado a percorrer as paisagens sonoras da época, experienciando sensações e obtendo impressões de obras de importantes compositores europeus. À semelhança dos pintores impressionistas, que aplicavam a técnica de justaposição de cores diferentes sobre a tela (não as misturando na paleta) para então sugerir uma nova cor aos olhos do espectador, Samuel Marques e Vasyl Tsanko irão sugerir ao público que descubra algumas das mais belas obras para clarinete e piano.

A Igreja das Carmelitas recebe pelas 22h00, “Ai Deus, e u é?”, por João Carlos Soares. Acompanhado por harpa de 22 e 36 cordas, Symphonie medieval e Voz, este programa privilegia composições musicais da Península Ibérica, em especial Cantigas da Idade Média e Vilancicos do séc. XVI, repertório renascentista contemporâneo da fundação do Convento de Jesus da Ordem Dominicana e do Convento de São João Evangelista (Carmelitas). Sendo património musical de indiscutível valor musicológico, o programa proposto liga-se, de forma indelével, com o património museológico identitário da Região.

O programa encerra às 23h00 no Museu de Aveiro/Santa Joana com “Museu Portátil”, por Matilde Cardoso. O piano é um instrumento que conserva muito do património musical nas suas teclas. Como tal, pode ser visto como um pequeno museu que espalha cultura pelo mundo. Assim, este projeto tem como objetivo exibir uma viagem no tempo, desde o Barroco até ao Século XX, mostrando a evolução dos tempos, dos gostos e da música de cada período.

Todos as atividades têm entrada livre (sujeito à lotação do espaço).

Do programa consta ainda duas atividades que terão lugar no dia 18: Visita guiada à Exposição “Mártires de Liberdade: os justiçados de Aveiro” pelas 10h00 na Praça Dr. Joaquim Melo Freitas e ainda as Oficinas “Cerâmica dá-te Vida” no Mercado José Estevão com sessões às 11h00 e às 15h00.