CASINHA DE CHOCOLATE e OS MÚSICOS DE BREMEN ou de como da Arte se faz esperança e celebração

PEDRO D’OLIVEIRA, de forma premonitória, havia projetado, nos trabalhos da sua série “Casinha de Chocolate”, imagens que nos lançam um olhar a refletir um conjunto de sentimentos que podiam e podem ter sido vividos nesta fase.

No tempo que se viria a prolongar até maio do mesmo ano e que, dolorosamente, se repetiria no início do ano seguinte, os artistas de todas as expressões doaram a sua Arte em nome da Esperança: músicos tocaram e cantaram, pintores pintaram, poetas escreveram, bailarinos dançaram, criativos criaram e atores interpretaram, à distância de um ecrã, as dores do mundo e os anseios dos homens.

Já em maio do mesmo ano, dando seguimento à sua série “Os Músicos de Bremen”, a qual acabou por se tornar uma homenagem a todos os artistas que resistiam na dificuldade, escreveu:

Atravessando tempos de sombrias incertezas, os artistas, dos primeiros a sofrerem as consequências das contingências impostas, são, também, os primeiros a acenderem a luz da esperança em dias melhores.

Como um farol em noite de tempestade, a Arte tem o dom de nos orientar a um porto seguro.

Para que se possa, sempre, celebrar o triunfo da luz da alegria sobre as sombras do medo.