13 mil pessoas visitaram a Festa do Pão de Vale de Ílhavo

Uma iniciativa que, nas palavras do presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, João Campolargo, cumpriu o objetivo de "promover, valorizar e defender o pão de Vale de Ílhavo, como um património imaterial que representa a parte viva de uma memória e cultura coletivas, que urge proteger para que o saber tradicional não se extinga”.

No último fim de semana, a festa centrou-se no centro de Ílhavo, no Jardim Henriqueta Maia, onde as padeiras e as moagens de Vale de Ílhavo apresentaram os seus melhores produtos. As padas e os folares esgotaram rapidamente.

No sábado e no domingo, no bar localizado na tenda, as vendas representaram o consumo de 600 kg de farinha de trigo, 10 kg de fermento, 87 kg de chouriça, 40 kg de bacalhau e 35 kg de bifanas. Mais de 5 mil pães recheados com chouriço, bacalhau ou bifana, cozidos em forno de lenha, foram vendidos ao longo dos dois dias. Este bar foi explorado pela Associação Cultural e Recreativa Os Baldas e pelos Cardadores.

Ao longo dos dois dias, houve espetáculos, oficinas e performances, destacando-se a batida dos “Toca Baldar”, a investida dos Cardadores e o regresso aos palcos do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, que encerrou a festa.

O Festival do Pão de Vale de Ílhavo começou no dia 19 de março, com o espetáculo “MM.Mesa-Masseira”, desenvolvido com a comunidade com o mote nos sons e nas memórias do Vale de Ílhavo, juntando em palco padeiras e o grupo de percussão “Toca Baldar” em duas performances na Moagem Grave, em Vale de Ílhavo, na Casa Gafanhoa, na Gafanha da Nazaré.

O dia 24 de março foi dedicado ao serviço educativo escolar em torno do ciclo do Pão de Vale de Ílhavo, com a presença de turmas do 1.º ciclo do ensino básico do município, e uma sessão formativa dirigida à turma do Curso Profissional de Cozinha da Escola Secundária Dr. João Carlos Celestino Gomes, Ílhavo.

No dia 25 de março, o público sénior juntou-se à festa com diversas atividades durante todo o dia, destacando-se uma oficina de folclore e a segunda edição do concurso “A minha pada é melhor que a tua”. A tarde terminou com a edição especial sobre as Padeiras, no âmbito do projeto “Se esta rua fosse minha”, acompanhada ao som do Grupo de Cavaquinhos da Universidade Sénior da Gafanha da Nazaré. Nessa noite, a “Porta Aberta”, na sede da Associação Cultural e Recreativa “Os Baldas”, em Vale de Ílhavo, juntou famílias e amigos para uma oficina do pão, acompanhada por uma inspirada sessão de contos. No fim, o pão quente serviu de sustento de uma noite em que se desvendaram os segredos de fabrico daquele que é considerado “o melhor pão do mundo”.