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Centro de Saúde: Câmara Municipal ouvida na Assembleia da República
área de conteúdos (não partilhada)A petição «adoção de medidas contra o eventual encerramento do atendimento complementar do Centro de Saúde de Sever do Vouga», criada na sequência da redução temporária do horário de funcionamento (20h00/23h00) do Centro de Saúde, chegou à Assembleia da República. No âmbito da audição do primeiro peticionário, a 15 de março, foi também ouvido o vice-presidente da Câmara Municipal de Sever do Vouga, Almeida e Costa, que renovou o compromisso da autarquia em exigir melhores condições de saúde no concelho.
“Vamos continuar a lutar pelos direitos das nossas gentes com recurso a todos os meios disponíveis ao nosso alcance”, garantiu Almeida e Costa, que se fez acompanhar pelos vereadores Raul Duarte e Elisabete Henriques. Impossibilitado de estar presente, por motivos de saúde, o presidente da Câmara Municipal, António Coutinho, manifestou a sua preocupação e solidariedade com a causa. Recorde-se que, a 6 de dezembro, o Centro de Saúde de Sever do Vouga sofreu uma redução de horário, no período das 20h00/23h00. Uma medida temporária, de acordo com o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Baixo Vouga, relacionada com a falta de recursos humanos, uma vez que os profissionais atingiram a idade limite para o serviço noturno.
A comitiva, formada pelo primeiro peticionário, Artur Arede, a subscritora Elga Martins e pelos três elementos do Executivo Municipal, explicou de forma pormenorizada a necessidade de repor o horário de funcionamento do Centro de Saúde, entre as 20h00 e as 23h00, e ainda defendeu a importância do seu alargamento, das 23h00 às 8h00, como acontecia até o ano de 2007, quando o Serviço de Atendimento Permanente era uma realidade no concelho.
A presença do Executivo Municipal na audição pública surge na sequência do convite feito pelo primeiro peticionário. “Este foi mais um contributo para uma luta que temos vindo a travar com vista a dotar o nosso concelho de melhores condições de saúde. Sendo a audição num órgão máximo de soberania, aproveitamos para levar o que consideramos ser uma reivindicação justa para defesa dos interesses dos severenses”, afirma o vice-presidente, Almeida e Costa, referindo-se às muitas diligências e contactos feitos com o ACES do Baixo Vouga, Administração Regional de Saúde do Centro e Secretaria de Estado da Saúde.
Como medida mais urgente, com vista a ultrapassar a dificuldade relacionada com a insuficiência de recursos humanos, a Câmara Municipal de Sever do Vouga propõe a abertura de concurso, com a possibilidade de ser em exclusivo e ao abrigo das medidas de apoio ao interior.
“O que está em causa é o direito à proteção da saúde. Não podemos permitir que continuem a tratar o interior desta forma, com a retirada sucessiva de serviços. O encerramento do Serviço de Atendimento Permanente foi um erro que urge corrigir. Os severenses têm o direito de serem atendidos em Sever do Vouga em vez de se deslocarem para o Hospital de Aveiro, onde muitas vezes esperam horas para serem (mal) atendidos”, afirma o autarca, recordando que o Município já provou ter razão em outras áreas, como foi com o Tribunal em que o funcionamento justifica a sua reabertura.