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Aveiro 2024: Rui Horta e Micro Audio Waves estreiam novo espetáculo no Teatro Aveirense
área de conteúdos (não partilhada)Este espetáculo de música, dança e tecnologia, cujo tema central é o futuro, será apresentado no âmbito de Aveiro 2024 – Capital Portuguesa da Cultura.
Rui Horta e os Micro Audio Waves estreiam Glimmer nos dias 2 e 3 de fevereiro (sábado e domingo), no Teatro Aveirense, no âmbito de Aveiro 2024 – Capital Portuguesa da Cultura. Depois do sucesso de Zoetrope, em 2010, o coreógrafo e a banda portuguesa voltaram a juntar-se para criar este espetáculo de fusão entre a música, a dança e a tecnologia.
À semelhança da obra anterior, o tema central de Glimmer é o futuro. Muitas das ferramentas que há 14 anos, na estreia de Zoetrope, eram experimentais, são agora mainstream e as perguntas são hoje sobre os limites da inteligência artificial, do machine learning e do big data, tendo como pano de fundo os conflitos bélicos e climáticos – e o que tudo isto fará ao pensamento e ao encontro entre pessoas.
Glimmer propõe um encontro entre ideias, emoções e a construção de um futuro onde cabem todos, sem exceção de cor, identidade e género. Uma viagem para o desconhecido, mas que os artistas imaginam como sendo bem melhor do que o agora.
Este espetáculo multidisciplinar, com música, texto, movimento e um dispositivo cénico, conta ainda com a atuação de Gaya de Medeiros, bailarina e coreógrafa brasileira radicada em Portugal.
Seguem abaixo mais informações sobre o espetáculo e os artistas.
Glimmer
Encenação e Coreografia: Rui Horta (em colaboração com os intérpretes)
Criação musical: Claudia Efe, Carlos Morgado, Flak e Francisco Rebelo
Intérpretes: Claudia Efe, Gaya de Medeiros, Carlos Morgado, Flak e Francisco Rebelo
Desenho de luz e Espaço Cénico: Rui Horta
Conteúdos digitais: Guilherme Martins, David Ventura e Marco Madruga
Realização vídeo: Stella Horta
Figurinos: Constança Entrudo
Direção de produção: Pedro Santos
Direção técnica: João Chicó
Técnico de Som: Artur David
Espetáculo de 90 minutos sem intervalo
Entidades coprodutoras:
Teatro Aveirense
Centro Cultural Vila Flor
São Luiz Teatro Municipal
Teatro Municipal de Ourém
CCC Caldas da Rainha
Cine-Teatro Curvo Semedo
Teatro Viriato
Produção: Modern Drift
Sobre os artistas:
Rui Horta
Nascido em Lisboa, Rui Horta começou a dançar aos 17 anos nos cursos de bailado do Ballet Gulbenkian, tendo posteriormente vivido vários anos em New York, cidade onde completou a sua formação e desenvolveu o seu percurso de intérprete e professor. Em 84 regressa a Lisboa, sendo um dos mais importantes impulsionadores de uma nova geração de bailarinos e coreógrafos portugueses.
Durante os anos 90 viveu na Alemanha onde dirigiu o Soap Dance Theatre Frankfurt, sendo o seu trabalho considerado uma referência da dança europeia e apresentado nos mais importantes teatros e festivais em todo o Mundo, tais como o Thêatre de la Ville em Paris que apresentou e coproduziu as suas obras ao longo de uma década.
Em 2000 regressou a Portugal, tendo fundado em Montemor-o-Novo o Espaço do Tempo, um centro multidisciplinar de experimentação artística. Para além do seu intenso trabalho de criador independente, Rui Horta criou, como artista convidado, um vasto repertório para companhias de renome tais como o Cullberg Ballet, o Ballet Gulbenkian, o Grand Ballet de l'Opera de Genéve, a Ópera de Marselha, o Netherlands Dance Theatre, a Ópera de Gotemburgo, Icelandic Ballet, Scottish Dance Theatre, Random Dance, Companhia Nacional de Bailado, Carte Blanche, Ballet am Gartner Platz, Ballet de Roubaix, Ballet da Ópera de Linz, Ballet da Ópera de Nuremberga, entre outros.
Ao longo da sua carreira recebeu importantes prémios e distinções tais como o Grand Prix de Bagnolet, a Bonnie Bird Award, o Deutsche Produzent Preis, o Prémio Acarte, o Prémio Almada, o grau de Oficial da Ordem do Infante, o grau de Chevalier de l'Ordre des Arts et des Lettres, pelo Ministério da Cultura Francês. A sua criação coreográfica foi classificada como Herança da Dança Alemã. Nas artes performativas o seu trabalho de encenador estende-se o teatro, à ópera e á música experimental, tendo encenado para a Casa da Música e o RemixEnsemble obras de John Cage. É igualmente desenhador de luzes e investigador multimédia, universo que utiliza frequentemente nas suas obras. Considera a sua anterior criação com os Micro Audio Waves, Zoetrope, como um dos mais importantes marcos do seu percurso.
Micro Audio Waves
Cláudia Ribeiro (Cláudia Efe)
Artista multifacetada, estudou pintura no ARCO, mas é na música, poesia, teatro, cinema, televisão e moda que se expressa. Colaborou com artistas e criadores dos mais variados quadrantes. Dos seus Micro Audio Waves a The Legendary Tigerman, Vítor Rua ou Carlos Zíngaro, passando por Edgar Pera, Sandro Aguilar, Joana Linda, ou Carla Bolito, até ao designer de moda Ricardo Preto, com quem tem uma parceria de longa data.
Carlos Morgado
Músico, compositor e produtor. Fundador dos Micro Audio Waves. Integrou os Rádio Macau entre 1999 e 2003. Colaborou e desenvolveu projetos com músicos como Jorge Palma, GNR, Rodrigo Amado ou Armando Teixeira. Com o poeta Rui Torres e o encenador Nuno M. Cardoso, criou o projeto “Amor de Clarice”, a partir da obra de Clarice Lispector, publicado na Electronic Literature Collection, Vol. 2, DVD-ROM & Web. Nos últimos anos, tem composto com regularidade música para teatro e moda.
João Pires De Campos (Flak)
Músico, compositor e produtor. Fundador dos Rádio Macau, A Máquina do Almoço Dá Pancadas e Micro Audio Waves. Com mais de 40 anos de carreira e outros tantos discos editados, trabalhou com várias gerações de artistas, desde Jorge Palma, GNR ou Nuno Rebelo, passando por Requiem e Entre Aspas ou, mais recentemente, Benjamim. Compõe com regularidade música para cinema e teatro. Nos últimos anos, tem apostado na sua carreira a solo, que conta até ao momento com três álbuns.
Francisco Rebelo
Músico, compositor e produtor. Fundador dos Cool Hipnoise e dos Spaceboys. A sua versatilidade levou-o a colaborar com artistas tão distintos como Aline Frazão, Sam the Kid, Rádio Macau ou Nuno Rebelo. Nos últimos anos, tem dedicado grande parte do seu tempo aos Orelha Negra, Cais Sodré Funk Connection e Fogo-Fogo. Coordena o projeto educativo OPA, que se dedica à formação artística nos bairros sociais da periferia de Lisboa.
Gaya de Medeiros
Formação pela universidade de Cinema de Animação UFMG/BR. Estudou Ballet clássico, Dança Contemporânea, Teatro e Dramaturgia. Durante 9 anos foi bailarina da Companhia de Dança do Palácio das Artes (BR). Em Portugal colaborou com Tiago Cadete, Sónia Baptista, Gustavo Ciríaco, Alex Cassal e Daniel Gorjão. Encenou dois espetáculos, BAqUE e Atlas da Boca, que foi eleito um dos melhores de 2021 pelo Jornal Expresso. Fundou a BRABA.plataforma que visa apoiar, viabilizar e financiar iniciativas protagonizadas/direcionadas para a comunidade Trans.