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AZULEJOS PORTUGUESES DE PADRÃO - SÉCULOS XVII-XX
área de conteúdos (não partilhada)O Dia Nacional do Azulejo, que se assinala a 6 de maio, um evento anual que tem como objetivo reconhecer esta tradição e património nacional, projetando a sua importância, constituindo-se, igualmente, como uma ocasião de evocação da sua proteção e preservação, ação promovida pela Câmara Municipal de Aveiro (CMA), ao longo dos últimos anos, que tem organizado diversas atividades dedicadas ao Património Azulejar Português.
Integrado nas atividades do Dia Nacional do Azulejo e no programa das Comemorações do Feriado Municipal a CMA irá apresentar a Exposição “Azulejos Portugueses de Padrão (séculos XVII-XX)”, cedida pelo Museu Nacional do Azulejo.
Esta mostra pretende assinalar o Dia Nacional do Azulejo e foi concebida pelo Museu Nacional do Azulejo. É constituída por cerca de 40 painéis azulejares e vai integrar um pequeno núcleo de Azulejo de Aveiro com peças pertencentes à Coleção do Museu da Cidade. Pode ser visitada na Galeria da Antiga Capitania até ao dia 3 de julho.
A par da azulejaria figurativa, os padrões tiveram sempre uma importante presença na azulejaria portuguesa, desde logo no século XVII em que das olarias de Lisboa saiu uma enorme variedade de exemplares que, formando “tapetes”, foram revestir as paredes interiores de igrejas, conventos e palácios.
Na primeira metade do século XVIII, período de domínio da azulejaria figurativa, o padrão foi pouco utilizado, regressando após o Terramoto de 1755 para o revestimento interior dos novos edifícios da Lisboa “pombalina”.
Já na segunda metade do século XIX, o azulejo de padrão teve um grande incremento, possibilitado pela industrialização. Fábricas de Lisboa, Porto e Gaia produziram milhões de exemplares para revestimento exterior de edifícios, marcando a paisagem urbana em Portugal, assim como de algumas cidades do Brasil.
Ao longo do século XX e até à atualidade, o potencial da azulejaria de padrão tem vindo a ser desenvolvido pelo trabalho de alguns dos mais conceituados artistas, apresentando-se na exposição obras de Maria Keil (1914-2012), Querubim Lapa (1925-2016), Manuel Cargaleiro (n. 1927) e Eduardo Nery (1937-2013), entre outros.