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Obras da rede de saneamento básico arrancam em Jafafe
área de conteúdos (não partilhada)A intervenção, que já arrancou e vai prolongar-se durante um ano, implica um investimento de 820.319,57 euros
Realizou-se hoje, em Jafafe, freguesia de Macinhata do Vouga, o arranque simbólico da empreitada “Águas Residuais de Jafafe (PAR 030 – Águeda)”, uma obra da AdRA – Águas da Região de Aveiro, que conta com um investimento de 820.319,57 euros.
Trata-se de uma intervenção que tem por objetivo a execução de rede de drenagem de águas residuais dos lugares de Jafafe de Cima e Jafafe de Baixo, prevendo-se a construção de 7,4 quilómetros de rede gravítica, 196 ramais domiciliários, uma estação elevatória e 565 metros de conduta elevatória.
Na cerimónia simbólica, Jorge Almeida, Presidente da Câmara Municipal de Águeda, assinalou a importância da obra que está a decorrer em Jafafe, uma população que ficará dotada de um serviço de qualidade, tanto ao nível de saneamento como do fornecimento de água. “Este importante lugar ficará, finalmente, servido de algo que era suposto já existir e não ser uma necessidade ainda nos nossos dias”, disse o Edil.
Jorge Almeida acrescentou que há outros lugares e freguesias do Concelho que ainda carecem destes serviços, algo que gostaria de ver colmatado brevemente. Apelou ao Conselho de Administração da AdRA, cujo presidente estava presente na cerimónia simbólica, para que as obras em falta se concretizem. “Estamos à espera de Sernada, de Soutelo, de Carvoeiro ou ainda de Bustelo, Á-dos-Ferreiros ou Sobreiro”, enumerou, entre outras, como “localidades que reclamam esta importante infraestrutura”.
O Presidente da Câmara de Águeda deu conta de que, sabendo do estado em que as estradas de Jafafe se encontram, adiou qualquer intervenção na rede viária, para que esta infraestruturação fosse feita primeiro. Assim, esta empreitada é um passo importante para dotar a localidade de um serviço relevante, não só em termos de qualidade de vida, mas também do ponto de vista ambiental.
Jorge Almeida frisou que Águeda integrou a AdRA desde a primeira hora, há 10 anos. Lembrando que, nessa altura, a Autarquia estava “altamente endividada”, o Edil argumentou que “entregar este tipo de obras à AdRA, que nos iria gastar muitos recursos, libertou a Câmara para outras intervenções”. “Nunca me arrependi de o ter feito”, declarou, mostrando-se satisfeito pela decisão.
Fernando Vasconcelos, Presidente do Conselho de Administração da AdRA, registou precisamente que este ano a organização celebra uma década de existência e que Águeda é um dos 10 Municípios que integram AdRA. Quanto à intervenção que está a ser feita em Jafafe, Fernando Vasconcelos disse que faz parte do Plano de Investimentos da AdRA e que corresponde a uma “infraestrutura básica e fundamental para a qualidade de vida das populações”, bem como garante soluções do ponto de vista ambiental e de saúde pública. Isto porque, como na maior parte das localidades, a água dos poços está contaminada pela ausência de soluções de saneamento, pelo que a rede de águas residuais que está a ser implementada em Jafafe vem suprir essa necessidade.
“É um investimento que a Câmara de Águeda exige há 10 anos para ser feito”, garantiu Fernando Vasconcelos, acrescentando que se trata do cumprimento de um compromisso contratual com a Autarquia. Apesar desta demora em realizar esta obra, o Presidente da AdRA salientou que, em Águeda, já realizaram “80% do investimento previsto”, que se traduziu em “2,1 milhões de euros por ano em média, o que significa que, ao longo destes 10 anos, a AdRA já investiu cerca de 21 milhões de euros no Concelho”.
“São obras que têm um impacto muito grande na qualidade de vida das pessoas, mesmo durante a obra”, disse o responsável, apelando à paciência pelo “sacrifício necessário” para que a população beneficie dos serviços prestados.