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Empreitada de águas residuais da Aguieira, Outeiro e Mourisca do Vouga arrancou ontem
área de conteúdos (não partilhada)Intervenção implica um investimento superior a dois milhões de euros, envolvendo a freguesia de Valongo do Vouga e a UF de Préstimo e Macieira de Alcôba
Teve lugar, ontem, no Largo da Capela de Á-dos-Ferreiros, o arranque da empreitada de Águas Residuais da Aguieira/Outeiro/Mourisca do Vouga, uma obra realizada pela AdRA – Águas da Região de Aveiro que conta com um investimento de mais de dois milhões de euros (2.087.851,56 euros).
Esta é uma intervenção que atravessa duas freguesias (Valongo do Vouga e Préstimo) e, quando terminada, irá beneficiar cerca de 800 famílias e empresas. Uma obra que contempla a execução de 15 quilómetros de rede de drenagem de águas residuais, bem como a construção de 284 ramais domiciliários e nove sistemas elevatórios de águas residuais e condutas elevatórias.
No momento do início desta empreitada, Jorge Almeida, Presidente da Câmara de Águeda, lembrou a importância que esta intervenção tem no quadro das obras de saneamento e abastecimento de água que estão em andamento no concelho. “Estamos a entrar, agora, nas freguesias mais serranas do nosso concelho e temos, atualmente a decorrer intervenções em Jafafe e na zona central de Barrô”, apontou, salientando ainda a importante obra de abastecimento de água a Agadão, num investimento de mais de dois milhões de euros, que neste momento está a decorrer na zona de Alcafaz e Caselho.
Apesar do volume de intervenções de saneamento e águas residuais, com esta capacidade de concretizar que a AdRA vai tendo no concelho, o Presidente da Câmara apontou para as que ainda estão em falta, nomeadamente em Sernada e Aguada de Cima (Bustelo e Vale Grande). “Depois desta grande empreitada que aqui se vai iniciar, estes são os três locais mais prementes e que deveremos avançar nos tempos mais próximos ”.
O Edil apelou à parceria das Juntas de Freguesa na sensibilização e compreensão junto da população enquanto as obras decorrem, porque implicam “necessariamente lama e pó”. Ainda assim, o resultado final e os benefícios “fazem valer a pena”.
A este propósito salientou a quantidade e, sobretudo, a qualidade da água “das melhores do país” que é fornecida pela AdRA, para a qual contribui a ampliação do Sistema Regional do Carvoeiro, onde “estamos ao melhor nível e que a todos deve orgulhar”.
Uma visão regional para resolver problemas locais
O presidente do Conselho de Administração da AdRA, Fernando Vasconcelos, avança, sobre este assunto, alguns números “esclarecedores”, que conferem à água fornecida pela AdRA (em testes fiscalizados e verificados pela entidade reguladora nacional do sector, a ERSAR) uma conformidade de 100%, algo que “não é verdade em todo o lado pelo país”.
Quanto ao investimento iniciado ontem, salientou que este efluente vai ser recolhido e enviado para o sistema central da AdCL, onde vai ser tratado, sendo “devolvido aos meios recetores de forma adequada para que a água possa ter de novo outro tipo de utilizações”.
A solução que está a ser feita é fruto, sublinha, de “uma visão regional para conseguir ter respostas (adequadas) aos problemas locais”. Fernando Vasconcelos frisou que, desde que foi criada, a AdRA já investiu mais de 140 milhões de euros em equipamentos e na expansão e melhoria dos serviços de abastecimento de água e saneamento.
Jorge Almeida lembrou que, aquando da constituição da AdRA, há dez anos, o Município de Águeda tinha “um nível muito baixo de concretização de abastecimento de água e saneamento relativamente aos nossos vizinhos”, defendendo que, numa altura em que existia “um conjunto muito significativo de fundos comunitários” ao dispor, “era preciso que alguém tomasse conta desta área, que o fizesse em nome desta região e que libertasse os municípios para concretizarem todo um outro conjunto de obras”.