Luís Montenegro defende rapidez e simplificação na recuperação dos incêndios

O primeiro ministro Luís Montenegro salientou esta tarde, em Albergaria-a-Velha, que o país não pode estar à espera da resposta aos prejuízos provocados pelos incêndios no passado mês de setembro e, como tal, o Governo está a simplificar e a acelerar processos para que pessoas e empresas possam recuperar de forma rápida. Neste sentido, foram já adiantados 100 milhões de euros do Orçamento de Estado para fazer face à primeira intervenção de auxílio, que decorre menos de um mês após o dia fatídico em Albergaria-a-Velha, o concelho que sofreu as maiores repercussões negativas dos incêndios.

No Salão Nobre, o Chefe do Governo português anunciou a entrega dos primeiros apoios à agricultura e frisou que as compensações estariam disponíveis já na próxima semana para os Albergarienses afetadas pelos incêndios começarem logo a trabalhar. Para Luís Montenegro, o Governo deve cumprir a sua obrigação e transmitir um sinal de esperança: “não queremos deixar-vos sozinhos!”.

O Presidente da Câmara Municipal, António Loureiro, agradeceu a rápida e pronta resposta do Governo em relação aos incêndios e à disponibilização de apoios, começando pelos agrícolas. “Este esforço concertado é o sinal claro de esperança para que as pessoas possam recuperar e retomar a normalidade das suas vidas; para muitas pessoas a terra é um complemento indispensável para garantir o sustento das suas famílias”.

O autarca recordou que, em Albergaria-a-Velha, mais de 60 habitações foram consumidas pelas chamas, total ou parcialmente, e dezenas de empresas foram afetadas, precisando de ajudas prementes para retomar as suas atividades. A floresta, que ocupa uma parte significativa do território, sofreu perdas graves, sendo necessária uma estratégia clara que também abranja a recuperação florestal. Para António Loureiro, é imperativo que os territórios afetados recuperem “de forma sustentável, ordenada e mais resiliente”, sendo necessário “um trabalho em rede, que envolva o Governo, as Autarquias, Organismos e Produtores”.

O autarca Albergariense exortou o primeiro ministro a encarar a gestão da nossa floresta como um projeto de interesse nacional. Luís Montenegro mostrou estar em sintonia com esta perspetiva e defendeu que a atividade florestal deve estar interligada com a economia e a gestão do território, para que no futuro estejamos todos mais protegidos.

Na sessão em Albergaria-a-Velha estiveram ainda presentes o Ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, o Secretário de Estado das Florestas, Rui Ladeira, e a Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Isabel Damasceno.