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Projeto Portable Learning Labs vai tornar a tecnologia inclusiva nas escolas do Concelho
área de conteúdos (não partilhada)“Uma má raiz dá uma má árvore”. Foi através desta ideia que Edgar Borges, professor e mentor do projeto Portable Learning Labs, frisou a necessidade de apostar em novas formas de aprendizagem para criar crianças mais preparadas para os desafios da atualidade. Em mais uma sessão do ciclo Encontros com (A) EDUCAÇÃO, a 13 de fevereiro, o docente explicou os princípios fundamentais do projeto e pôs as participantes a experimentar as diversas potencialidades que as tecnologias podem ter na sala de aula.
O Portable Learning Labs foi um dos projetos vencedores da última edição do Orçamento Participativo do Município e vai ser desenvolvido no 1.º Ciclo do Ensino Básico. Através da criação de laboratórios de aprendizagem móveis, pretende-se dar a oportunidade a estudantes de todas as freguesias de experimentarem ambientes educativos de futuro, promovendo assim a igualdade de oportunidades no acesso às tecnologias.
Ao todo, vão estar disponíveis três kits para requisição gratuita pelas escolas, cada um constituído por 12 computadores portáteis, um mini projetor portátil, 4 caixas Makey Makey (uma ferramenta que permite ligar objetos do dia a dia a programas de computador), três robôs e um hotspot. A aposta na mobilidade dos kits, que andarão de escola em escola, é uma novidade em Portugal, não sendo prática nos outros concelhos do País.
O Município vai desenvolver, com a ANPRI – Associação Nacional de Professores de Informática, uma ação de formação acreditada nos próximos meses para familiarizar os docentes com as potencialidades do projeto. Sempre que um kit for a uma escola, haverá um acompanhamento personalizado, sendo de destacar a participação de estudantes do ensino secundário. Estes irão interagir com as crianças, criar com elas, desenvolvendo competências que vão além da tecnologia, como a sensibilidade, a cumplicidade, a criatividade ou a expressividade. “São competências que normalmente não se treinam no ensino clássico”, afirma Edgar Borges. “Estamos, desta forma, a criar pessoas mais sensíveis”.
“Acreditamos que as tecnologias são um fator potenciador e motivador de aprendizagem”, salientou Catarina Mendes na sessão sobre Portable Learning Labs. A Vereadora da Educação defende que se pode trabalhar a inclusão social através da inclusão digital e promover competências que não só beneficiem o percurso escolar, mas também o desenvolvimento da criança como um todo. “Temos de estar preparados para as novas realidades” frisa Catarina Mendes e, como tal, o Município já está a apostar em novas formas de aprendizagem no pré-escolar com o projeto Kids Media Lab, que visa a introdução dos fundamentos básicos da programação e do pensamento computacional nas atividades dos jardins-de-infância.