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Mais de 170 participantes no primeiro dia da Conferência Internacional “[Re]Pensar a Biblioteca Pública”
área de conteúdos (não partilhada)Gaming e Makerspaces é o tema da segunda Conferência Internacional “[Re]Pensar a Biblioteca Pública”, que arrancou ontem no Cineteatro Alba com a presença de mais de 170 técnicos/as de todo o País. Promovido pela Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), o evento, que decorre hoje em Ílhavo, pretende refletir sobre as novas funções das bibliotecas e o reforço do seu papel como local de aprendizagem e de criação.
Na sessão de abertura da conferência, António Loureiro, Presidente do Município, realçou que a Biblioteca Municipal de Albergaria-a-Velha, desde a sua inauguração em 2013, tem ambicionado ser mais do que um depósito de livros. “Hoje, a Biblioteca é um local de conhecimento por excelência, mas também de cultura, de criação e de exploração de novos saberes, onde é bom estar e fazer”.
Como exemplo do dinamismo do equipamento, o autarca frisou que, “só no ano passado, a equipa da Biblioteca Municipal produziu 387 ações para públicos distintos, das crianças do pré-escolar aos seniores”, não se limitando ao espaço físico do edifício, mas indo ao encontro das pessoas em vários locais “neste objetivo de inspirar, contagiar, demonstrar o papel primordial da Biblioteca na comunidade”.
O Presidente da CIRA, José Ribau Esteves, frisou que o ato de “repensar” não significa que as bibliotecas da região estejam a fazer um mau trabalho, mas que é necessário um espaço de reflexão para assimilar as “surpresas estonteantes” que um mundo em rápida mudança exige. “Como podemos fazer melhor no quadro de um mundo novo?” questionou. Para Ribau Esteves, a CIRA, ao longo dos seus 30 anos, tem desenvolvido sempre “uma forma diferente de ser equipa” e que um dos maiores desafios do futuro é “encontrarmos caminhos de conquista para a verdadeira inclusão social na cultura e na educação”, sendo o papel das bibliotecas essenciais nesta tarefa.
Após a apresentação do estudo “O Valor Económico das Bibliotecas Públicas da Região de Aveiro”, por Sónia Almeida, o empreendedor inglês Matt Finch exortou as bibliotecas a “empoderarem” a comunidade para explorar a informação, o conhecimento e a cultura nos seus termos, não se deixando limitar por imposições alheias. Neste novo paradigma, cada pessoa deve ser livre para vivenciar o espaço à sua maneira, tal como uma criança brinca de acordo com as suas próprias regras.
Do geral para os casos práticos, na primeira mesa redonda do dia, as pessoas participantes puderam conhecer dois projetos, um ainda em fase de definição/maturação – a nova Biblioteca Municipal de Aveiro – e outro a revolucionar a ideia que temos deste tipo de equipamento – a DOKK 1, em Aarhus. Susanne Gilling, responsável de serviço da biblioteca dinamarquesa, explicou que estes espaços devem assemelhar-se a centros comunitários locais, onde é valorizada a aprendizagem informal, a cocriação, a criatividade e as parcerias no desenvolvimento de novos serviços.
O primeiro dia da segunda Conferência Internacional “[Re]Pensar a Biblioteca Pública” acabou com uma discussão sobre o poder do jogo nas bibliotecas, com especial enfoque nos videojogos e na gamificação. Longe de serem os “inimigos” que muitos apregoam, Ana Órdas e Carlos Pinheiro defenderam que os jogos, quando bem elaborados, podem ser um bom aliado na aprendizagem, já que melhoram as competências com o processo de tentativa e erro inerente ao jogo.
A Conferência Internacional “[Re]Pensar a Biblioteca Pública” conta com a parceria da DGLAB - Direção-Geral do Livro, Arquivos e das Bibliotecas, da Universidade de Aveiro e da ANPRI – Associação Nacional de Professores de Informática.