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Comemoração dos 50 anos do 25 de Abril
área de conteúdos (não partilhada)ANADIA COMEMORA OS 50 ANOS DO 25 DE ABRIL DE 1974
A Assembleia e Câmara Municipal de Anadia assinalaram os 50 anos do 25 de abril. Para evocar a efeméride o Município promoveu um vasto conjunto de eventos, desde a homenagem aos autarcas, passando por tertúlias, cinema, palestras, teatro, desporto, concertos, atividades desportivas, exposições, que tiveram lugar um pouco por todo o concelho, culminando com a sessão solene comemorativa da Assembleia Municipal no dia 25 de abril. Praticamente um mês de atividades que envolveram as 10 freguesias, bem como o tecido associativo.
A Praça do Município de Anadia engalanou-se, no dia 25 de abril, para receber as celebrações que tiveram o seu início com os cumprimentos à Guarda de Honra composta por elementos do Corpo de Bombeiros Voluntários de Anadia. Seguiu-se o hastear das bandeiras, ao som do Hino Nacional pela Orquestra Ligeira de Anadia, e a solta de pombos pelo Grupo Columbófilo da Bairrada e pela União Columbófila do Cértima. A cerimónia contou ainda com a presença de elementos do Destacamento de Anadia da GNR e uma grande representatividade de associações do concelho, nomeadamente desportivas, culturais e recreativas, assim como uma boa adesão de público.
A sessão solene extraordinária da Assembleia Municipal de Anadia contou com os habituais discursos pelos representantes dos partidos e movimentos independentes com assento na Assembleia, bem como pelos presidentes da Câmara e da Assembleia Municipal.
Na ocasião, a presidente da Câmara Municipal de Anadia, Maria Teresa Cardoso, recordou que “cinco décadas depois, continua a ser fundamental relembrar o passado, que ajudou a orientar o rumo do presente, e que vai, certamente, influenciar o futuro de forma positiva”, afirmando ainda que “uma sociedade que reconhece a importância do 25 de Abril é uma sociedade mais participativa, atenta, plural, solidária e democrática”.
Realçou que, em Anadia, “celebramos os 50 anos da Revolução dos Cravos, mas também os 48 anos de Poder Local, que merece ser valorizado e enaltecido como uma das maiores conquistas de abril, por ter garantido a consolidação da Democracia no nosso país”.
Referindo-se ao Poder Local, Maria Teresa Cardoso frisou que o mesmo “tem permitido dar respostas mais rápidas e eficazes aos problemas dos cidadãos. Ao longo dos anos, o Poder Local tem mesmo colmatado muitas das deficiências e carências da Administração Central, ultrapassando, por vezes, as suas competências”.
A edil considerou ainda que “ser autarca é, sem dúvida, uma nobre missão de serviço público. E quem exerce ou exerceu esta função deve sentir-se orgulhoso, por estar ou ter estado ao lado dos cidadãos”.
A sessão terminou com a intervenção do presidente da Assembleia Municipal, Manuel Pinho, sublinhando que “hoje celebramos cinco décadas sobre o 25 de abril de 1974 que permitiu uma transformação sócio-politica assente na democracia e cujo processo de mudança culminou em novembro de 1975”. “Meio século de esperança numa vida melhor, numa sociedade mais justa e na credibilização das instituições”, afirmou ainda, defendendo que “tal como uma flor, os ideais de abril precisam de ser regados amiudadamente evitando o seu murchar ou definhamento”.
Manuel Pinho sublinhou que “vivemos tempos atribulados, com pandemias, guerras, catástrofes naturais e ambientais, instabilidade politico-social, mas que não podem ser utilizadas como pretexto que justifique inação ou desânimo, outrossim, devem estimular-nos no fito da reivindicação de medidas corretoras, sem arreganhos de patinas ideológicas”.
Considerou ainda que “a janela de oportunidade que nos foi escancarada e que permitiu a entrada da luz da esperança, não pode ter cortinas opacas que tolham a sua fruição e brilho, brilho este que apenas deverá ser poluído com uma boa dose de responsabilidade e patriotismo”.
O presidente da Assembleia Municipal referiu que, nesta efeméride, “em boa hora, o Municipio decidiu dar ênfase ao movimento associativo e ao poder local”. “Pilares importantes que fomentam a coesão territorial e envolvem as populações num processo de participação civica em cumprimento dos direitos e deveres conquistados”, adiantou.
No final da sessão solene, ao som dos Katembas, os participantes na cerimónia e as pessoas presentes rumaram ao Parque Urbano de Anadia para um pic-nic partilhado.