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Cine Concerto 'The Kid' | sessão dupla
área de conteúdos (não partilhada)27 janeiro - 21h00 | Cineteatro Anadia | sessão dupla
“The Kid” de Charlie Chaplin (EUA | 1921 |68')
Cine Concerto com Gonçalo Parreirão e Ricardo Brito
“Noite e Nevoeiro” de Alain Resnais (FR, 1955, 32’) M/12
Documentário
“The Kid” de Charlie Chaplin (EUA | 1921 |68')
Sinopse:
“Um filme com um sorriso – e talvez, uma lágrima.” É esta advertência ao espectador incauto que abre a primeira longa-metragem de Charlie Chaplin, estreada no preciso dia 12 de dezembro de 2021. Não se trata de uma nota de intenções, menos ainda da mera hipótese que o “talvez” parece denunciar. É que, no cinema de Chaplin, as lágrimas sucedem-se aos sorrisos (e aos risos) numa espantosa e necessária dialética: o espectador chora porque riu até onde foi possível rir; chora porque, por fim, foi vencido pelo silêncio da imagem – a imagem de um órfão e de um vagabundo que faz as vezes de seu pai.
A história de The Kid é conhecida: um vagabundo tão ridículo quanto generoso toma a seu cargo uma criança abandonada. Nasce entre eles um sentimento de compaixão que se torna condição de vida para ambos. As coisas complicam-se, é claro, quando a mãe biológica da criança torna a entrar em cena, arrependida do que fez. O resto é o cinema no que de mais justo e poético ele pode ser.
The Kid não é apenas um ambicioso salto em frente na carreira de Chaplin, que à data de estreia já detinha o estatuto de celebridade internacional pelos seus curtos filmes cómicos. Trata-se, antes de mais, do momento inaugural de uma forma humanista de conceber o cinema. Sem este filme, não é apenas a obra de Chaplin que se torna incompreensível; todos os “realismos” cinematográficos que se lhe seguem perdem um dos seus modelos máximos, porque The Kid, e por extensão o próprio Chaplin, representam isso mesmo: uma proeza irrepetível na história do cinema, como uma dessas estrelas mortas cuja luz ainda hoje recebemos.
“Noite e Nevoeiro” de Alain Resnais (FR, 1955, 32’) M/12
Sinopse:
Com o título original “Nuit et brouillard” este documentário realizado por Alain Resnais em 1955, sob encomenda do Comité da História da II Guerra Mundial, apresenta um perturbador registo da realidade da Guerra e dos campos de concentração nazis. Acompanhando as imagens perturbadoras da guerra e pós-guerra, a cadência do filme é marcada pela narração de um texto do poeta francês Jean Cayrol, um dos sobreviventes do Holocausto.
(no âmbito da efeméride de 27 de janeiro – Dia Internacional em memória das vítimas do Holocausto)