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23 Milhas celebra Dias Mundiais da Dança e do Trabalhador com dança e teatro
área de conteúdos (não partilhada)Esta segunda-feira, dia 29 de abril, celebra-se o Dia Mundial da Dança. Dois dias depois, a 1 de maio, o mundo inteiro comemora o Dia Mundial do Trabalhador. Para assinalar estas duas datas, o 23 Milhas sugere, por um lado, o filme “Um Corpo que Dança”, de Marco Martins, que se apresenta no dia 29, na Fábrica das Ideias da Gafanha da Nazaré, seguido de uma conversa e, por outro lado, um espetáculo de teatro e fotografia da Amarelo Silvestre, que leva à Casa da Cultura de Ílhavo, no dia 30 de abril, o segundo capítulo de um ciclo de 10 anos em que olham para o território nacional, ouvindo-o e fotografando-o, de acordo com temas como a justiça, o trabalho ou a habitação.
O filme de segunda-feira, que acontece também no contexto da Companhia Jovem de Dança de Ílhavo e no seu compromisso de promover um pensamento em torno em torno da dança e da criação e reflexão na sua área, documenta a história de um corpo a partir do percurso de uma das companhias de dança portuguesas do século XX. O documentário de Marco Martins conta a história da Gulbenkian, mas também a da dança em Portugal, da sua história política, económica e sociocultural. A partir de imagens de arquivo inéditas e entrevistas a vários criadores e bailarinos, conhecemos uma companhia e os seus corpos, da sua génese no início dos anos 60 até à extinção em 2005 e assistimos à libertação de uma sociedade em mudança num Portugal pós-fascismo. No final da sessão, promove-se uma conversa com o diretor artístico da Companhia Jovem de Dança de Ílhavo, Luiz Antunes, com as responsáveis pelas Escolas de Dança do Município de Ílhavo.
No dia 30 de abril, véspera do Dia Mundial do Trabalhador, a companhia Amarelo Silvestre apresenta “Diário de uma República II”, um espetáculo que “dá perguntas para ver” a partir do tema do trabalho. Interpretado por Daniel Teixeira Pinto e Fernando Giestas, com música ao vivo de José Pedro Pinto, apresentam-se questões, diálogos e fotografias de vários pontos do país. Parte da recolha fotográfica que se exibe neste espetáculo foi feita pelo fotógrafo Nelson D’Aires, no Município de Ílhavo, sobretudo em associações de pesca artesanal, empresas de bacalhau ou em Vale de Ílhavo, em casa de quem fabrica o famoso pão artesanal de Vale de Ílhavo. O espetáculo foca-se no “trabalho das mãos, do corpo, da cabeça, no trabalho humano na paisagem, nas questões de género e sociais do trabalho,na beleza e na feiura do trabalho”. A restante recolha de imagens e testemunhos para a construção deste Diário aconteceu em Nelas, Leiria, Lisboa, Loulé, Ponte de Lima, Portalegre, Seia, Viana do Castelo e em Vila do Conde
“Um Corpo que Dança” é apresentado no dia 29 de abril, às 21:30, na Fábrica das Ideias da Gafanha da Nazaré. “Diário de uma República II” sobe ao palco da Casa da Cultura de Ílhavo na terça-feira, 30 de abril, às 21:30. Todas as informações e bilhetes estão em 23milhas.pt .