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Navio-Museu Santo André: trabalhos de reabilitação em bom caminho
área de conteúdos (não partilhada)Os trabalhos de reabilitação do Navio-Museu Santo André, a decorrer nos estaleiros da Navalria, estão, neste momento, em “velocidade de cruzeiro” – algo que se pôde constatar na visita aberta à imprensa, que se realizou no final da manhã de hoje.
Conduzida pelo presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, Fernando Caçoilo, a comitiva de jornalistas iniciou a visita com a descida à doca seca, entrando no navio pelo tombadilho, passando, depois, pelo guincho, casa das máquinas, camarotes e convés.
Com 72 anos de vida (os primeiros 48 na pesca de bacalhau e os últimos 20 como museu), o Navio beneficiará de um investimento de um milhão de euros, em grande medida cofinanciados por fundos comunitários enquadrados pela Estratégia de Desenvolvimento Local de Base Comunitária da Região de Aveiro (DLBC-RA) do Programa MAR2020, bem como pelo projeto MMIAH - Recuperação e Valorização de Património Marítimo, Industrial e Militar do Espaço Atlântico da União Europeia, este último cofinanciado pelo Programa Interreg Atlantic Area da União Europeia.
Este montante servirá para a recuperação do navio, incluindo melhores condições de acesso; para a construção de uma nova receção, junto ao navio; e para a implementação de um novo plano museológico, com uma narrativa de viagem, que permitirá a visita à casa das máquinas (que antes não era possível) e que mostrará as vivências da pesca do bacalhau a bordo deste arrastão, nas décadas de 70 e 80.
Neste momento, 40 por cento da componente de estaleiro dos trabalhos já foram executados, entre os quais, limpeza; decapagem; substituição de chapas e outros suportes deteriorados, dos quais se destaca a substituição integral do mastro de ré; e o início dos trabalhos de pintura geral do navio, em particular do casco.
O Navio saiu do seu ancoradouro habitual, no Jardim Oudinot, na Gafanha da Nazaré, a 15 de maio, tendo rumado aos estaleiros da Navalria, onde se iniciaram os trabalhos, primeiro em cais e a partir de 15 de julho em doca seca, onde permanecerá por mais cerca de 15 dias. Os trabalhos continuarão novamente em cais, terminando no final de setembro – altura em que o NMSA deverá regressar ao Jardim Oudinot, para a realização dos trabalhos de museologia.
A inauguração de toda a transformação, incluindo a construção da nova receção no Jardim Oudinot junto ao seu local de atracagem, deverá acontecer entre o final do primeiro trimestre e o início do segundo, do próximo ano.