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Filme baseado em conto de Mia Couto e filmado em Aveiro tem antestreia no Teatro Aveirense
área de conteúdos (não partilhada)Sessão do filme As Aves assinala os 143 anos do Teatro Aveirense. É acompanhada de uma exposição de fotografia sobre a longa-metragem e a sua rodagem.
O filme As Aves, baseado num conto de Mia Couto e realizado por Pedro Magano, tem antestreia marcada para dia 5 de março, pelas 21h30, no Teatro Aveirense, no âmbito de Aveiro 2024 – Capital Portuguesa da Cultura. A sessão assinala as celebrações dos 143 anos do Teatro Aveirense, inaugurado a 5 de março de 1881 e, desde então, fundamental na vida cultural da cidade e da região de Aveiro.
A longa-metragem As Aves retrata um velho isolado a viver rodeado de água. Odeia os deuses e desabafa os seus lamentos com uma caturra, a Poupa, que mantém aprisionada numa gaiola, uma metáfora da sua própria vida. No entanto, encontra nas palavras dos livros que descobre na biblioteca, durante as suas deambulações furtivas pela cidade, a sua liberdade. Uma obra inspirada no conto A Morte, o Tempo e o Velho, de Mia Couto, que o realizador cruza com a peça clássica As Aves, de Aristófanes.
Pedro Magano é natural da região de Aveiro e o filme foi rodado neste território, com grande parte da ação a decorrer na ria. Um ritmo de filmagens planeado de acordo com o ritmo das marés, num local de difícil acesso e pouca mobilidade, mas com um enorme potencial visual. A narrativa é cíclica, indo ao encontro do conceito de vida repetitiva dos humanos e da dimensão cíclica do Tempo, tal como o conhecemos.
A antestreia de As Aves será acompanhada de uma exposição de fotografia de Jorge Costa, com imagens da rodagem do filme e dos lugares onde esta aconteceu. Estará patente no foyer do Teatro Aveirense entre 5 e 23 de março.
Seguem abaixo mais informações sobre o realizador Pedro Magano.
Sobre Pedro Magano
Começou a sua carreira como repórter de imagem na RTP em 2003 até 2008, ano em que criou a sua própria produtora, a PIXBEE, que ao longo dos anos se foi especializando na produção de documentários e ficção.
Um dos primeiros projetos documentais, em formato média-metragem de 50 minutos, foi “Era uma Vez no Iraque” (2014), que narra o atentado à base militar em Nassiria em 2003. A sua primeira longa-metragem documental chega em 2015: “Irmãos” traz um olhar sobre as romarias da ilha de S. Miguel nos Açores, uma tradição secular que acontece todos os anos, nas semanas da Quaresma. Este filme foi premiado com o Grande Prémio do Festival Caminhos do Cinema Português (2015) e, em 2016, com o Lince de Ouro de Melhor Documentário no Fest - New Directors FilmFestival.
Outros filmes em destaque são “A um mar de distância” (2016), “Luana” (2017) e “Lar” (2022). O seu projeto mais recente é a longa-metragem “As Aves”.