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Região de Aveiro promove evento para debater estratégias para “cuidar” do Património Cultural Imaterial
área de conteúdos (não partilhada)A Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) promoveu no dia 15 de janeiro 2025 o evento “Cuidar e Valorizar o Património Cultural Imaterial em Portugal”, no Auditório do Edifício Atlas, em Aveiro. Este encontro reuniu especialistas, autarcas e entidades nacionais para debater estratégias de preservação e valorização do património cultural imaterial, com especial destaque para a candidatura “Barco Moliceiro: Arte da Carpintaria Naval da Região de Aveiro”, atualmente em avaliação pela UNESCO.
O evento, dinamizado no âmbito do 2.º aniversário da inscrição do Barco Moliceiro no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, contou com as presenças, na sessão de abertura de José Ribau Esteves, Presidente da Câmara Municipal de Aveiro, Joaquim Manuel Baptista, Presidente do Conselho Intermunicipal da CIRA, e Maria Antónia Amaral, Chefe de Divisão de Cadastro, Inventário e Classificação do Património Cultural, I.P., que reforçaram a importância do trabalho colaborativo para a salvaguarda do património imaterial.
José Eduardo de Matos, Secretário Executivo da CIRA, apresentou uma retrospetiva do trabalho desenvolvido desde 2019 em torno da candidatura UNESCO, destacando que a decisão final sobre a inscrição na Lista do Património Cultural Imaterial da Humanidade que Necessita de Salvaguarda Urgente será conhecida em dezembro de 2025, durante a 20.ª sessão do Comité Intergovernamental da UNESCO, que decorrerá em Nova Delhi, Índia.
Boas práticas e turismo sustentável em foco
O evento incluiu três painéis temáticos que abordaram diferentes perspetivas sobre a preservação do património cultural imaterial.
No segundo painel, Manoel Batista, Presidente da Câmara Municipal de Melgaço, partilhou a experiência da preservação da Pesca nas Pesqueiras do Rio Minho. Moderado por António Jorge Costa, Presidente do IPDT, o painel destacou como a classificação no Inventário Nacional foi crucial para garantir não só a preservação desta prática, mas também para iniciar um processo interno de reflexão sobre o seu futuro.
Já no terceiro painel, moderado por Álvaro Campelo, da Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia, Teresa Ferreira, do Turismo de Portugal, e Maria Manuel Gantes, do Turismo do Alentejo e Ribatejo, debateram o papel do turismo na salvaguarda e valorização do património imaterial. Os intervenientes destacaram que o turismo, quando bem planeado, é um motor fundamental para a preservação cultural, especialmente quando integra tradições locais de forma autêntica, permitindo aos visitantes uma imersão profunda na cultura dos destinos.
Na sessão de encerramento, Joaquim Manuel Baptista, Presidente do Conselho Intermunicipal da CIRA, reafirmou o compromisso da entidade em liderar projetos que garantam a salvaguarda do património cultural imaterial como um dos recursos mais preciosos da região.
“A salvaguarda do património imaterial não é apenas um dever cultural, mas também uma oportunidade para fortalecer a identidade da região e promover um desenvolvimento sustentável” afirmou.
O evento marcou um importante passo na consolidação de estratégias colaborativas e na valorização do património cultural como motor de desenvolvimento regional e nacional.