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AGITLab leva a “Horta” à Escola Secundária Adolfo Portela
área de conteúdos (não partilhada)Iniciativa de descentralização das residências artísticas envolve a criação de um livro “único”, dança, pintura e arte contemporânea e vai decorrer até junho
A Câmara Municipal de Águeda, através do AGITLab (programa de residências artísticas), está a promover uma iniciativa cultural envolvendo os alunos de 8.º ano da Escola Secundária Adolfo Portela (ESAP). O projeto “Horta” iniciou na semana passada e vai decorrer até junho próximo, promovendo o “cultivo” da atividade criativa através de uma partilha entre os artistas de vários países em residência em Águeda e os alunos.
“Queremos, com as várias iniciativas culturais e criativas que vamos desenvolvendo, afirmar Águeda como um concelho produtor de arte e cultura e esta iniciativa é mais um exemplo do que temos vindo a apoiar e a incrementar”, começou por dizer Edson Santos, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Águeda, acrescentando que este projeto em concreto, pelas suas características, é “ainda mais interessante, pois permite o envolvimento de jovens na criação cultural”.
Trata-se de uma iniciativa de “descentralização” das residências artísticas que decorrem em Águeda, envolvendo no processo criativo a comunidade escolar, traduzindo-se numa ação pedagógica que “obriga” os alunos a pensarem a cultura de uma forma “aberta, espontânea e criativa”.
Durante a semana passada, os alunos da ESAP estiveram a criar “O Livro do Futuro”, com a artista Paulina Almeida, que partiu do desafio lançado aos alunos para pensarem Águeda, o mundo e o futuro de cada um, criando um livro com ideias, sugestões, recortes e depoimentos que vai ficar na biblioteca da escola durante 100 anos.
Pensando no “futuro”, os alunos e os artistas do AGITLab, na sequência de quatro sessões de partilha e troca de ideias, deram um contributo criativo para a construção deste livro, sendo que cada peça foi concretizada de forma diferente: individual, em pares, grupos ou coletivamente. Os alunos fizeram colagens e escreveram textos, entre outras técnicas, que resultaram de um processo de reflexão sobre o seu posicionamento no mundo, o que gostariam de mudar e como imaginam o seu futuro, individual e/ou coletivo.
Trata-se de um livro artístico que levou os alunos a pensarem na reformulação da cidade de Águeda, levando-os a criar uma cidade imaginária com tudo o que os alunos imaginam que Águeda poderia ter no futuro; e ainda a fazerem este mesmo exercício numa visão mais ampla do mundo.
No “Horta”, projeto artístico pedagógico, os artistas em residência orientam, de uma forma bastante informal, um workshop de partilha do seu trabalho e das metodologias que utilizam no seu processo criativo e a escola define um espaço (estúdio) de criação artística onde os alunos podem estar em contacto com os artistas.
A próxima atividade está marcada para decorrer de 18 a 23 de abril, com Joana Couto, que irá abordar o tema da dança. Seguir-se-á arte contemporânea (Up Cycling), com Xu Moru (9 a 11 de maio) e Marija Kamber (9 a 11 de junho).
Refira-se que o projeto “Horta”, que conta com a cooperação das residências de Liceiras 18 e Projeto Orbita, surgiu na sequência de uma vontade de os artistas se envolverem na comunidade escolar, tendo resultado em micro residências nas quais os artistas partilham um tempo e espaço com os alunos.