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Natal em Vagos com Passeios de Barco Moliceiro no Rio Boco
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O Barco Moliceiro “Os Violas”, que se encontra atracado junto a Ponte de Fareja, irá, pela primeira vez, abrir ao público e navegar ao longo do Rio Boco nos próximos dias 16, 23 e 30 de dezembro de 2023. Nestes dias, os passeios são gratuitos, mas com inscrição obrigatória e limitados.
Ao longo do passeio será possível conhecer um pouco mais sobre a história dos barcos moliceiros em Vagos e a sua ligação ao Rio Boco e conhecer de perto as Folsas Novas, palco da atividade comercial de antigamente. Falaremos sobre a Aldeia do Boco e a Aldeia da Pedricosa, ambas da freguesia de Soza e que se localizam perto das margens deste Rio. Por fim, iremos aprender um pouco sobre o tipo de fauna e flora que podemos encontrar no Rio Boco que faz parte da Zona de Proteção Especial e do Sítio de Importância Comunitária da Ria de Aveiro.
Nestes dias, encontra-se, igualmente, a decorrer, o evento “Vagos, o Nosso Natal” que conta com muita animação, contos, histórias, pinturas faciais, jogos de encantar, carrosséis, a Casa de Natal, concertos de Natal, circo, música e teatro! Ainda, nestes dias a entrada no Museu do Brincar é gratuita! Tudo boas razões para vir, nestes dias, a Vagos! Planeie a sua visita em www.cm-vagos.pt/visitar
Inscrição para os passeios:
LIGAÇÃO DE VAGOS AOS MOLICEIROS
O concelho de Vagos foi, até à década de 60, terra de moliceiros. A tradição perde-se no tempo, mas o que resta, são dois cais, ao longo do Rio Boco.
O primeiro a ser construído, foi o cais das Folsas Velhas, cujos vestígios ainda existem, na Quinta da Mónica, (em Quintã). Com o decorrer do tempo, dada a enorme procura do moliço, foi construído o cais das Folsas Novas que, em tempos, foi um dos locais mais importantes para descarregar o moliço recolhido na Ria de Aveiro.
Aos domingos à tarde, os homens (os moliceiros) juntavam-se aqui neste local e partiam para a Murtosa (Cais do Bico) e Quintas do Norte (Torreira).
O barco moliceiro era, agora, para estes homens, uma segunda casa. A faina durava toda a semana, no fim da qual os moliceiros regressavam ao cais das Folsas. A aguardar o moliço estavam os agricultores que aqui vinham de toda a região gandaresa em carros de bois, para carregar o moliço para levar para fertilizar as suas terras.
Excertos do texto de Rosa Domingues, Jornal Eco de Vagos.